O principal índice da bolsa brasileira, o Ibovespa, encerrou o primeiro dia útil de junho com uma leve queda de 0,18%, fechando aos 136.787 pontos. Apesar de ter iniciado o pregão em alta, o índice perdeu fôlego ao longo do dia e oscilou entre uma mínima de 136.483 e máxima de 138.471 pontos
Principais fatores locais
Discussão sobre aumento do IOF
O debate sobre a elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) contribuiu para o clima de cautela entre os investidores. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que uma solução para a polêmica em torno do imposto deve ser definida ainda antes da viagem do presidente, marcada para a noite de terça-feira
Revisão da perspectiva de rating

Na mesma sessão, os investidores digeriram a mudança na avaliação de perspectiva do rating soberano do país pela agência Moody’s, que reduziu sua perspectiva de ‘positiva’ para ‘estável’. Essa revisão também exerceu pressão sobre o humor do mercado interno
Influências internacionais no pregão
Tensões comerciais entre EUA e China
No cenário externo, o anúncio do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre o aumento das tarifas de importação de aço e alumínio acendeu o alerta entre os investidores, ampliando temores de recrudescimento da guerra comercial
Commodities sustentam índice
Apesar da pressão geral, o desempenho positivo dos papéis de empresas de commodities ajudou a conter uma queda mais acentuada. As ações da Petrobras (PN e ON) fecharam em alta, com ganhos entre 0,30% e 0,58%, influenciadas também pela alta no preço do petróleo e por anúncios internos, como a redução do preço da gasolina
Análise de ativos e setores

Papéis industriais em destaque
Empresas do setor industrial, como Gerdau e sua controlada, Metalúrgica Gerdau (GGBR4 e GOAU4), se destacaram no pregão. Com o anúncio das tarifas americanas sobre aço, as ações Gerdau saltaram mais de 5%, assumindo o topo das maiores altas do dia
Comportamento do dólar
O dólar comercial recuou aproximadamente 0,77%, negociado a R$ 5,6757 no momento do fechamento, refletindo a menor pressão global e local :contentReference[oaicite:12]{index=12}.
Perspectivas futuras e recomendações
Expectativa sobre novas medidas do governo
O mercado ficará atento aos próximos desdobramentos em torno do IOF. Se houver indicação de recuo legislativo ou acordo político, isso poderá impulsionar um movimento de retomada nos ativos locais. Operadores e analistas também monitoram relatórios econômicos e falas institucionais para avaliar o impacto de uma eventual reforma fiscal .
Influência do cenário global
Internacionalmente, a expectativa é de que os desdobramentos da guerra comercial, especialmente entre EUA e China, sigam influenciando o desempenho dos mercados. Notícias sobre acordos, tarifas ou retomada de negociação poderão gerar oscilações expressivas, afetando não só o Ibovespa, mas também índices globais
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Conclusão
O pregão desta segunda apresenta um cenário multifacetado: localmente, incertezas fiscais e tributárias; internacionalmente, tensões comerciais. Apesar da leve queda, o Ibovespa manteve-se sustentado, especialmente pela atuação de ativos ligados a commodities. Para os próximos dias, a evolução das discussões sobre IOF e a repercussão das tarifas determinarão o rumo do índice. Observadores recomendam cautela, monitorando sinais do governo, agência de classificação de risco e indicadores de comércio global.