Economista Sincero lidera ranking dos maiores influenciadores de finanças do Brasil

Análise da Anbima revela crescimento de novos nomes e consolidação do setor

A oitava edição do relatório FInfluence, produzido pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) em parceria com o Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados (IBPAD), revelou que o cenário dos influenciadores de finanças no Brasil continua em ampla expansão. O destaque desta edição foi a retomada da liderança por Charles Mendlowicz, mais conhecido como Economista Sincero.

Após duas edições consecutivas ocupando a segunda posição, o influenciador voltou ao topo do ranking geral, demonstrando força e consistência em sua presença digital. Ele é seguido por outros nomes já consolidados, como Bruno Perini (Você MAIS Rico) e Thiago Guitián Reis, que mantiveram relevância nas principais plataformas.

A lista também trouxe novidades com a inclusão de estreantes no top 10, como Thiago Godoy e Renato Breia, marcando a ascensão de novos perfis no ecossistema financeiro digital. Esse movimento indica uma maior diversidade de vozes e formatos de conteúdo sendo valorizados pelo público.

Crescimento expressivo entre influenciadores revela novas tendências

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O relatório também analisou o crescimento percentual dos influenciadores pessoa física ao longo do último ano. Entre os perfis grandes, o destaque absoluto foi Thiago Godoy, que registrou um avanço impressionante de 1.287%. Já entre os gigantes, Matheus Nogueira cresceu 478,3%, demonstrando que há espaço significativo para expansão mesmo entre perfis já consolidados.

Nos perfis de porte médio, Daniel Nunes Haddad e Casta Crypto se destacaram com aumentos superiores a 150%. Na categoria dos pequenos, nomes como Gaincast, Ela Investe e Mirai Investing apresentaram taxas de crescimento acima de 100%, reforçando o dinamismo do setor e a receptividade do público a novas abordagens.

Esses dados mostram que a audiência brasileira está aberta a novas referências em educação financeira, principalmente aquelas que se comunicam com clareza e apresentam conteúdo relevante em diferentes plataformas.

Instagram e YouTube continuam como as principais plataformas para finanças

A pesquisa destaca que o Instagram e o YouTube seguem como os canais mais relevantes para a atuação dos chamados finfluencers. Enquanto o Instagram é valorizado pela facilidade de conexão e compartilhamento, o YouTube se mantém como o líder em engajamento, com média de quase 10 mil interações por publicação entre os influenciadores pessoa física.

O formato audiovisual tem se mostrado essencial para a transmissão de conteúdo financeiro de forma didática, aproximando o público de temas muitas vezes considerados complexos. O engajamento elevado nas plataformas reforça a importância dos influenciadores como agentes ativos de educação e cultura financeira.

Com mais de 394 mil postagens analisadas, o relatório evidencia o alto volume de produção de conteúdo e a consolidação de um ecossistema profissionalizado, onde credibilidade, consistência e ética têm se tornado diferenciais cada vez mais relevantes.

InfoMoney lidera entre os perfis corporativos

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Além dos perfis de influenciadores pessoa física, o relatório também trouxe dados sobre os canais corporativos mais influentes do país no segmento financeiro. O InfoMoney aparece como líder absoluto entre as empresas, ocupando o primeiro lugar nas quatro principais plataformas: Instagram, YouTube, Facebook e X (antigo Twitter).

O veículo divide o pódio com outras marcas relevantes como Valor Econômico e IstoÉ Dinheiro, que também figuram entre os cinco primeiros colocados. A presença constante dessas instituições demonstra a força do jornalismo especializado e seu papel no apoio à educação financeira da população.

A atuação dessas empresas complementa o trabalho dos influenciadores, oferecendo análises mais técnicas, cobertura de mercado em tempo real e maior profundidade em temas econômicos.

Setor se consolida como peça-chave na educação financeira no Brasil

De acordo com o estudo, 77,8% dos 741 influenciadores analisados são pessoas físicas, o que mostra a predominância da produção de conteúdo independente dentro do ecossistema. A análise qualitativa inédita promovida pela Anbima garantiu a idoneidade dos perfis, fortalecendo a confiança do público e do mercado.

A média de interações por publicação chega a quase 3 mil, o que demonstra o envolvimento do público com temas como investimentos, orçamento pessoal, aposentadoria e finanças comportamentais. O conteúdo educativo passou a ocupar papel central nas redes sociais, especialmente em tempos de instabilidade econômica e maior necessidade de planejamento financeiro.

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O relatório reforça que os influenciadores de finanças se tornaram agentes essenciais na formação de uma sociedade mais consciente e preparada para lidar com o dinheiro. A tendência é que o setor continue crescendo e se profissionalizando, com maior exigência por transparência e responsabilidade no compartilhamento de informações.

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